São mulheres coragem que lutam por algo que, por vezes, consideramos como adquiridos:os direitos humanos.
Mulheres que dão nome, rosto e voz a vítimas do nosso século, do nosso mundo. Malalai Joya é afegã, prestes a completar 31 anos. Foi, durante dois anos (2005-2007), deputada. Fruto da sua insistente denúncia de deputados que são traficantes de droga e senhores da guerra, acabou por ser expulsa e passar à clandestinidade.
Assim, para sair à rua, utiliza, ironicamente, burqa (símbolo de opressão das mulheres afegãs) e é sempre acompanhada de guarda-costas.
Apesar das várias ameaças e tentativas de morte esta mulher continua a fazer ouvir a sua voz e já foi nomeada para o Nobel da Paz.
Meltem Agduk é turca e coordenadora do programa de igualdade de género. Unni Wikan é norueguesa e escreveu o livro
In Honour of Fadime: Murder and shame.
Ambas denunciam os crimes de honra. Desde 2005 que foi estabelecida a prisão perpétua para quem comete este crime. Assim, começaram a crescer os suicídios forçados.
Mais que uma questão religiosa, é uma questão cultural em sociedades patriarcais, que pretendem controlar social e sexualmente as mulheres da família.
Em nome do repúdio deste ignóbil crime estas duas mulheres denunciam e trabalham para o erradicar.
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