Adoro esta música!

Beach House. Gila

Livros, cds e dvds

Não me retrato no discurso derrotista ou destrutivo que tantas vezes caracteriza o espírito português.
Gosto de valorizar o que positivo se faz e não realçar apenas o que corre mal (apesar de reconhecer que existe muita coisa que não corre bem).
É por essa razão que hoje escrevo sobre a Biblioteca Municipal de Condeixa.
Inaugurada no ano transacto, trata-se de um edifício moderno, onde reina a luminosidade. Para além de ser um espaço agradável, é de louvar a selecção de dvds, cds ou de livros para a infância.
Também de realçar são iniciativas como a Hora do Conto, "Entre livros" e o Ciclo de Cinema, este mês, por exemplo, dedicado ao realizador David Lynch.
Todas as acções culturais são meritórias e, quando são bem recebidas pelas populações, estão duplamente de parabéns.
Condeixa é uma vila a poucos kms a sul de Coimbra.
A vulgarmente denominada cidade dos doutores parece cada vez ter menor espaço para o cinema alternativo. Com o aumento de número de salas de cinema em grandes centros comerciais, deixaram de existir as saudosas salas Millenium e as sessões especiais aí projectadas.
Assim, resta aos habitantes da cidade esperar que os títulos menos comerciais lhes cheguem, nomeadamente através do Teatro Gil Vicente.
Constituída por uma população estudantil, fica aqui uma questão: Não existirá, em Coimbra, um número significativo de público para a exibição de produções de cinema independente?

Buika

And the oscar goes to...

É já por esta madrugada dentro que se realiza a 81ª cerimónia dos óscares.
Para mim, a categoria mais renhida deste ano é a de melhor actor principal, tendo como principais favoritos Mickey Rourke em "O Wrestler" e Sean Penn em "Milk".
Se Penn tem demonstrando em cada papel que é um dos maiores actores da sua geração, Rourke tem tido uma carreira conturbada, resultado de decisões desastrosas, quer na aceitação de filmes medíocres, quer na recusa de papéis que acabaram por ser um sucesso nas carreiras dos actores que os aceitaram.
Depois, foi o que todos sabem, a troca de Hollywood pelo boxe que acabaria por destruir uma das faces mais atraentes dos anos 80 do cinema americano.
Pelo seu percurso conturbado, porque a glória não pertence exclusivamente aos vencedores natos, espero ver a estatueta de ouro nas mãos de Rourke.
Quanto a Penn,um destes anos acabará por vencer outra vez!

Da nova Zelândia, com amor

The Ruby Suns. Oh, Mojave

E Bilbau aqui tão perto!...

Estreia hoje e decorre até dia 31 de Maio a retrospectiva de Takashi Murakami em Bilbau.
O artista baseia o seu trabalho em imagens da cultura japonesa. Ficam aqui algumas imagens para abrir o apetite...

"Yes, we can!"

Ontem voltei ao cinema para ver aquele que acredito vir a ser o grande vencedor dos óscares deste ano: Quem quer ser bimilionário?
Não porque tenha uma realização ou argumento excepcionais, mas pela mensagem optimista de que as dificuladades acabam sempre por nos enriquecer, mesmo que não seja sempre uma riqueza material...
Em plena crise mundial, económica e social, esta mensagem vem mesmo a calhar!

Analfabetismo emocional: Uma leitura d' "O Leitor"

Alguém que assina de cruz em tudo o que é importante na vida. Alguém que cumpre o seu dever. Com rigor. Aparentemente sem questionamento. Aparentemente autista. Em tudo o resto, não é claro o mesmo desengajamento moral. Emociona-se. Sente prazer. Apressada. Assente que ama, se lhe perguntam. Não sabe que é monstro. Não sabe que é bela. Quando se aprende a ler e a escrever porventura tarde demais, talvez a pergunta certa seja menos “Quem a pode perdoar?” e mais “Quem a pode condenar?”. Fazemos nossas as palavras dos outros, parecemos boas pessoas quando usamos frases feitas num mundo que em tudo parece próximo do que devia ser. Civilizado. Protector. Provedor. Num mundo diferente, é preciso mais coragem. Para falar. Para ouvir. Para calar. Para o bem e para o mal. Para vitimar e ser vítima. Para asfixiar a culpa e o silêncio. Para continuar a viver expulsando demónios e segredos. Não somos todos palavras. Não somos todos analfabetos. Mas dificilmente se fica indiferente à humanidade dos dois lados da barricada.

O Leitor

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Dia dos Namorados

Em mais uma data consumista, que faz a alegria de tantos, sugiro uma obra pela qual nutro grande afecto.

Trata-se da obra Amor-Perfeito, da autoria de Babette Cole e publicada pela Terramar.

É um livro para a infância que muitos, atrevo-me a dizer todos, os adultos deveriam ler.

Com mestria a autora e ilustradora, através da relação entre um cão e um casal a quem nasceu um bebé, retrata tudo o que o amor significa, nos faz sentir e fazer .

O amor no seu sentido mais lato.