sábado, 11 de julho de 2009

Páginas Tantas


A Quasi Edições publicou, no passado dia 8 de Junho, Últimos Poemas de Nuno Rocha Morais.
São, de facto, os últimos, mas, também, os primeiros poemas do poeta.
Nuno Rocha Morais era coordenador linguístico do departamento de língua portuguesa na Comissão Europeia (Luxemburgo).
Morreu, aos 34 anos, no ano passado.
Esta estreia póstuma tem prefácio de Joana Matos Frias e ilustrações de Rasa Sakalaité (esposa do poeta). A obra é composta por 20 anos de trabalho poético deste licenciado em Línguas e Literaturas Modernas pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Um (belo e merecido) registo para que o poeta nunca morra.

"Foi assim que partiste, a meio do meu nome,
Com o meu nome partido ao meio,
De que só me ficou o oco
E é de dentro dele que uma voz escura se derrama,
Incrédula e com medo, incrédula e com medo.
À volta, tudo continua, a grande montra do mundo,
O comércio de vivos e mortos,
A respirar dióxidos e monóxidos
Da ilusão de que a vida continua" (págs. 88-89).

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