Morreu, aos 68 anos, a coreógrafa alemã Pina Bausch. Cinco dias após lhe ter sido diagnosticado um cancro. Com assiduidade era convidada a fazer digressões por todo o globo e a sua companhia de dança, Tanztheater, ficou reconhecida como uma das maiores e melhores do mundo. Participou, ainda, nos filmes O Navio (Fellini) e Habla con ella (Almodóvar). Foi a vencedora do prémio Goethe (prémio literário com atribuição trienal) no ano transacto.
Com esta mensagem sobre o novo disco de Rodrigo Leão, A Mãe, fica completa a quadratura dos músicos masculinos que mais me dizem, actualmente, na música portuguesa. Rodrigo Leão é o mais velho dos quatro e o mais reconhecido internacionalmente. Prova da sua internacionalização é a colaboração com músicos pop (e não só)internacionais, dos quais, vários, fazem parte da minha preferência musical: Beth Gibbons (em trabalho anterior) e no novo Neil Hannon (ex- Divine Comedy) e Stuart A. Staples (Tindersticks). Merecedores de referência são também os membros da banda Cinema Ensemble, já habituais compagnons de route de Rodrigo. O músico define a sua música como abstracta e cinematográfica. Assim seja! Aos primeiros acordes que ouvi do tema Vida tão Estranha , foi imediata a minha rendição. Os fans são assim, tornam-se, irremediavelmente, acríticos...
É desta artista a imagem do meu blogue. Mel Kadel nasceu na Pensilvânia, há 35 anos. Fez os seus estudos na Escola de Artes de Filadélfia e, depois de várias itinerâncias, instalou-se em Los Angeles. É agora representada pela Galeria Richard Heller, mas, no início da sua carreira, na cidade dos anjos, mostrou o seu trabalho em pequenos cafés e galerias, assim como colaborou em trabalhos de alguns músicos como Beck, por exemplo. Os seu desenhos são realizados em papel antigo e recorre, entre outras técnicas, a colagens. Os seus trabalhos fazem-me lembrar os medos da infância e as patologias inerentes a uma sociedade cada vez mais individualista, que, por vezes, nos tornam em adultos mais isolados e centrados nos nossos receios, fobias e lutas pessoais.
Hoje e amanhã, no Grande Auditório do CCB, Camané e convidados (Mário Laginha e a Orquestra Metropolitana de Lisboa) reinterpretam temas do último trabalho do fadista, Sempre de Mim, e outros mais antigos. Sempre pelas 21 horas. Quando questionado sobre se os concertos seriam registados para futuro cd, o artista confessou não saber e preferir continuar sem o saber até à realização dos mesmos. É conhecida a timidez de Camané, proporcional ao seu talento. Eu gostaria de ver registado este momento de junção entre Camané e Mário Laginha.
A Feira Medieval de Coimbra está a decorrer hoje entre as 09.15 e as 19.00 horas, no Largo da Sé Velha. Na sua 18ª edição, existem vários motivos para recuar no tempo: mendigos, acrobatas, vendedores, artesãos, petiscos e música, representada por sete grupos. Por ser o segundo sábado do mês, decorre, um pouco mais abaixo, o Mercado do Quebra-Costas. Também este evento já conquistou público.
É já segunda feira que é lançado o novo álbum dos Nouvelle Vague, simplesmente intitulado III. Das novidades, destacam-se a participação dos cantores originais em algumas das covers (Ian McCulloch ou Martin Gore, por exemplo) e músicas com novas sonoridades como o country e bluegrass (sons inspirados na música tradicional das ilhas britânicas, no jazz e no blues) a adicionar aos sons já característicos da banda como a bossa nova ou o reggae. Vários projectos têm surgido dos membros deste grupo: Hollywood, Mon Amour (Marc Collin), Weather´s Coming (Phoebe Killdeer) e, a lançar em Setembro, My Name de Melanie Pain. Apesar de apreciar todos esses projectos, destaco o cd de Phoebe Killdeer pela sonoridade mais distante dos originais Nouvelle Vague. Fica, aqui, uma das minhas faixas preferidas.
No passado dia 9, Manel Cruz apresentou, pela primeira vez, em Lisboa (Cinema S. Jorge)o seu projecto a solo Foge Foge Bandido e o respectivo trabalho: O Amor Dá-me Tesão/Não Fui Eu Que Estraguei. Lançado no ano passado, chegou, finalmente, em forma de concerto às duas principais cidades do País. Depois de Lisboa, sábado é a vez do Porto receber o artista, no Teatro Sá da Bandeira, a partir das 22 horas (como gostaria de lá estar!). Rezam as críticas ao concerto na capital que o S. Jorge estava esgotado (prevejo o mesmo cenário na invicta) e vibrou ao longo de perto duas horas com os temas do excelente trabalho do Foge Foge Bandido. Manel Cruz, avesso às escolhas mais óbvias (vide como comercializou este cd/livro), não apresentou o tema Borboleta. Deixo, aqui, esse tema que me faz discípula acérrima do Karaoke, cada vez que visiono o vídeo.
Na edição online do jornal The Times, de ontem, foi divulgada a lista dos 200 artistas mais importantes do século XX. Resultante da votação, que durou 16 semanas, os lugares do pódio foram ocupados por Pablo Picasso (1º), Paul Cézanne (2º) e Gustav Klimt (3º). De destacar, também, o 142º lugar da artista portuguesa Paula Rego. É, aliás, o único nome nacional a constar desta lista.
Em cidades como Coimbra, que cada vez parece ser merecedora de ser rotulada de provinciana, pelo menos a nível de cinema, a silly season parece estar já instalada. Fica a antevisão de três filmes que, brevemente (falta saber quando), estarão nas salas de cinema. Inimigos Públicos de Michael Mann, com o fabuloso Johnny Depp, estreia a 6 de Agosto, em Portugal. O novo de Almodóvar, Los Abrazos rotos, protagonizado por Penélope Cruz, conta a história de um amor louco. E o vencedor da Palma de Ouro 2009, o novo de Michael Haneke (realizador do A Pianista). Até que os possamos ver nos ecrãs de cinema, let`s look at the trailer...